domingo, 2 de março de 2014

Qual marca você usa? (Parte 1)

Hoje no ônibus, estava ouvindo uma mãe falar de seu filho. Ele só quer usar roupas de marcas famosas e caras, e insiste para que ela pague pelas roupas que ele quer, mesmo sem ter condições financeiras para arcar com tal capricho.

A história desse filho é a mesma história de muitas outras que já ouvi. Pessoas que gastam o que não têm, para ostentar uma imagem que não é delas, para ser aquilo que elas não são, para agradar pessoas de quem elas não gostam e que também não gostam delas.

Ainda no ônibus, enquanto aquela mãe reclamava do filho e das dívidas que ela tinha que pagar, comecei a me lembrar de quando era criança.

Minha família passou por muita dificuldade, mas meus pais sempre lutaram bastante para sustentar a casa da melhor forma possível, mesmo sem ter dinheiro. Lembro de minha mãe explicando que ela tinha pouco dinheiro para comprar roupas:
- Vivian, eu só tenho R$ 30,00. O que você prefere fazer? Se a gente for ao shopping, conseguiremos comprar uma peça de roupa. Se formos ao centro da cidade, as roupas não serão de marca, mas conseguiremos comprar mais coisas.

E assim ela fazia para tudo: roupa, comida, brinquedos, passeios...

Pois é! Na minha infância e adolescência, não tive roupas de marcas famosas. Mas tive roupas com as melhores marcas do mundo: marca de trabalho, marca de esforço, marca de carinho, marca de atenção, marca de preocupação, marca de zêlo, marca de sonho, marca de amor.

E o que mais me preocupa é ver pessoas lindas, jovens, com saúde, com um futuro brilhante pela frente, mas com um desespero enorme por ter coisas de marca simplesmente para serem aceitos, para encontrar uma identidade e demonstrar que são alguém. Tudo isso não por quererem qualidade de um produto, mas para esconder as marcas que eles têm dentro de si próprios: marcas de rejeição, marcas de solidão, marcas de desprezo, marcas de medo, marcas de insegurança, marcas de baixa auto-estima e da busca por uma aceitação insaciável.

A coisa mais valiosa que pode existir hoje é VOCÊ! O seu nome próprio vale muito mais do mais que as marcas que você quer usar, pelo simples fato de você ser único e insubstituível. Ninguém mais no mundo pode ser você além de você mesmo. E Deus não te ama por causa das coisas que você tem ou pelo que pode oferecer. Ele te ama simplesmente pelo que você é: pelo que você pensa, pelo que você sente, e pelo que você faz. Se não te amasse do jeitinho que você é, não teria perdido tempo e esforços para te criar e fazer você chegar até onde chegou.

Para cada pessoa que se esforça em ter produtos de marca, tenho vontade de lhe mostrar um espelho para que ela enxergue quem realmente é. Não para diminuir a pessoa ou constrangê-la, mas para que ela perceba que não depende de marca nenhuma para ser uma pessoa boa. Não depende de marca nenhuma para ter qualidades. Não depende de marca nenhuma para ser querida. Não depende de marca nenhuma para ser alguém. E se acha que depende disso, é porque não conhece a si mesma.

Ah, se você soubesse o valor que você tem... Deseje conhecer e ter compreensão plena do que significa "ser comprado por alto preço"...  porque foi isso o que Jesus fez por você.

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Esta é a primeira parte de dois posts. 
Não deixe de conferir a sequência desta mensagem. Até lá! 

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